Uma boa refeição, equilibrada e saudável, tem de ter na sua génese muito mais que a virtude do cozinheiro ou cozinheira. Tem de ter, em primeiro lugar, matéria prima de qualidade resultante de uma simbiose de vários elementos. Tudo está interligado, o solo, a água, os animais e nós que deles nos sustentamos.
O potencial das ervas aromáticas, apresenta-se de várias formas: como substituto do sal, do açúcar, mas também como forma de exaltar aromas ou de finalizar alguns pratos de forma brilhante.
Algumas ervas são mais adequadas ao uso em fresco e outras há que tanto em fresco como em seco, ainda assim mantendo todas as suas características organolépticas. Umas toleram cozeduras longas como o alecrim, os tomilhos, a salsa, a segurelha e o poejo. Outras enaltecem e equilibram mais os pratos se colocadas no fim, como os coentros, o manjericão e o cebolinho.
O uso excessivo de algumas durante a confecção também pode comprometer o resultado final. Usá-las com parcimónia, quando ainda não dominamos o seu comportamento com os ingredientes, é o mais acertado.
Neste livro as receitas estão separadas por erva, porque a erva principal, a que premeia o prato, é a preponderante. Contudo, não deixa de associar outras, a meio ou no fim, que no conjunto ajudarão a equilibrar o prato. Não se pode deixar de referir, mais uma vez, a capacidade incrível de algumas plantas em evidenciar o doce e o salgado permitindo assim reduzir consideravelmente o uso do açúcar e do sal. Nas receitas de bolos e doces refere-se a quantidade de açúcar usada na receita original, para se perceber a mais valia no uso da erva na receita em questão.
É desejável o uso de plantas biológicas, assim como de todos os ingredientes, pois é durante a sua confecção que estas libertam as suas essências e propriedades. Um bom azeite biológico é fundamental, bem como a manteiga e farinhas. Fazem toda a diferença no sabor e principalmente na nossa saúde.
Livro de capa dura
Formato: 195 mm x 255 mm
Número de página: 268
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